O canal CW deverá ganhar um novo sócio majoritário em breve, quinze anos após o lançamento da emissora por suas controladoras, a ViacomCBS e WarnerMedia, que passaram a estudar a venda, de acordo com fontes do Deadline e notícia divulgada pelo Wall Street Journal.
A “The CW Television Network”, mais popularmente conhecida como The CW ou apenas CW, é a menor das grandes emissoras de televisão americanas, com audiências menores que as potências CBS, NBC, ABC e Fox, e teve o início de transmissões em setembro de 2006. O canal é controlado pela CBS e Warner (o C e W vem das iniciais das empresas), que fundiram suas emissoras antecessoras, UPN (da CBS) e The WB (da Warner), que encerraram suas atividades no mesmo período. As controladoras ViacomCBS e WarnerMedia possuem 50% de participação cada.
O início das conversas de venda de emissora começaram após a troca no comando da WarnerMedia, que está aguardando a regulamentação da fusão/compra junto à Discovery. Nenhum dos responsáveis pela união da UPN e The WB em 2006 está envolvido com o canal no momento, principalmente o anterior CEO da CBS Les Moonves, principal arquiteto por trás da emissora. Desde a criação do canal CW, a CBS se fundiu à Viacom e a WarnerMedia foi comprada pela AT&T, que agora está vendendo para a Discovery.
Horas após a notícia ganhar destaque nos principais sites da mídia, o CEO e presidente do canal CW, Mark Pedowitz, comentou sobre a “recente especulação na mídia sobre a emissora em memorando:
Como muitos devem saber, por volta do último ano, esse tempo transformador em nossa indústria levou a uma série de atividades de negócios através da mídia e as companhias de conteúdo. Dado esse cenário atual, ViacomCBS e WarnerBros estão explorando oportunidades estratégicas para otimizar o valor desta parceria na The CW Network. É muito cedo para especular o que pode acontecer.
A CW, que foca nos jovens adultos, desafiou as expectativas ao chegar aos quinze anos, em um cenário em que muitos acreditavam que não iria dar certo ou que seria alterado para TV a cabo ou digital. O modelo de negócio da emissora funcionou por sua configuração única, sendo gerenciada por dois grandes estúdios que atuam como fornecedores de sua programação. Entre os shows que a CW ajudou a criar para os parceiros do estúdios, estão as séries do Arrowverso, “Riverdale”, “All American” e “Gossip Girl” pela Warner Bros e “Walker”, “Dinasty” e “Jane the Virgin” pela CBS Studios.
Segundo o Deadline, o cenário mais provável é de que, tanto a WarnerMedia, quanto a ViacomCBS, possam efetuar a venda majoritária do canal CW enquanto mantém uma parcela minoritária. Em relação às séries atuais do canal, é provável que boa parte do conteúdo possa ser distribuído/migrado para os serviços de streaming das atuais donas (HBO Max da Warner e Paramount+ da CBS). Contudo, em cenários deste tipo, algumas séries mais antigas podem acabar ficando de lado, casos como as produções da DC Comics, “The Flash” e “Legends of Tomorrow” que, caso não possuam um projeto de continuidade bom ou atrativo, poderão chegar ao fim em meio às críticas em relação à longevidade das produções (principalmente “The Flash”), que também pode não ser atrativo para os novos donos da emissora. Sem poder ir para o streaming ou continuar em casa, essas produções podem ver seu fim mais rápido.
Em 2011, um grande impulso que a CW recebeu foi um acordo com a Netflix, que pagou 1 bilhão de dólares pelos direitos de exibição para o streaming de toda a grade da emissora. Um grande número de produções da CW permanece na Netflix, mas em 2019, a WarnerMedia e CBS Studios optou por encerrar o acordo e migrar os conteúdos da CW para seus próprios serviços de streaming. Nestes primeiros estágios, todos os shows da CW foram colocados na HBO Max, que se tornou o destino de streaming do conteúdo da emissora.
Para os fãs da DC, como o Tio Du, e conforme reportado pela página “DCTV Brasil” no Facebook, é provável que as séries mais novas da DC Comics, como “Superman & Lois”, “Naomi”, “Batwoman” e “Stargirl” tenham uma migração para a HBO Max mais fácil. Caso aconteça, será a terceira troca de “Stargirl”, que iniciou sua trajetória no serviço de streaming da DC e posteriormente migrou para a CW. Em relação às séries mais antigas, como “The Flash” por exemplo, há uma grande possibilidade de encerramento da produção.
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