O texto a seguir é uma crítica referente ao episódio 4×03 da série The Flash. Se você ainda não assistiu, já puxa o freio de mão que vem spoiler daqui pra baixo.
Assim como o episódio anterior, tivemos uma leve melhora neste episódio. Temos novamente o ar mais cômico da série com algumas piadas novas e o tombo de Barry, mas também temos a dose de drama, com o término de Jesse com Wally e o Kid Flash se despedindo da equipe. Tivemos também a volta do Harrison “Harry” Wells da Terra-2, que aparentemente foi expulso da equipe de Jesse Quick. Tudo isso só para se livrar dos personagens?
Ainda há uma falha e outra em relação ao timing do episódio e da temporada. Embora seja a série do homem mais rápido do mundo, o vilão foi mostrado logo no início e já sabemos como será derrotado, graças ao Barry-Savitar. Além disso, também foi explicado rapidamente como que os outros meta-humanos “nasceram” e houve mais uma explosão do acelerador de partículas.
O episódio já começa com DeVoe e sua assistente apresentando a – até então – sem sorte Rebecca “Becky” Shape. No melhor ritmo Worst Week (foi uma série na CBS há uns anos atrás e teve só uma temporada, assistam quando tiverem um tempo), Becky é a pessoa mais azarada. Até que, num ônibus, isso muda e a sorte de Becky vira. O problema é que isso traz azar para quem está à sua volta.
Temos a brecha se abrindo novamente e enquanto o Time Flash se dirige ao local achando que é um invasor, Wally está esperando Jesse com flores e cara de bobo, mas é Harry que vem, trazendo consigo o Break-up Cube (Cubo da Separação, em tradução literal). Coitado do Wally. Nem uma mensagem completa recebe. Aliás, tudo isso só para se livrar da Jesse na série? E nem pagar a participação direito devem ter pago, não é mesmo? A menina apareceu mais nas cenas dos episódios anteriores do que na mensagem de término.
Temos então alguns momentos de comédia, como o tombo monumental que Barry leva em bolinhas de gude, um certo merchandising da Uber e assalto ao banco de Central City. Incrível como o cofre fica aberto e tão perto da entrada, não?
Outro momento mais cômico foi a menção de Joe West à frase de Barry no primeiro episódio da temporada. Quando as tubulações da casa de Joe começam a ruir, Cecile chama o encanador e o diálogo acontece:
Aliás, todo esse vai e volta de quero mudar/não quero mudar e vou pensar/estou confuso, foi um pouco desnecessária e só serviu para o anúncio oficial que Iris e Wally terão um meio-irmão. Família confusa essa, levando em consideração que Barry é quase um filho, vai casar com a filha de Joe, existe Wally que é o irmão e agora Cecile espera um filho do detetive. Que árvore genealógica confusa, amigos.
Em paralelo, também temos o foco do casamento West-Allen. Alguém avisa a Iris que vai acontecer só no Mega Crossover? Embora Barry tenha sido romântico em relação a casar em qualquer hora e lugar, qualquer homem sairia correndo (Barry mais ainda) se uma mulher chamasse para um casamento logo depois de um funeral. Do nada.
Voltando à dona da sorte do episódio, Becky (Hazard) vai ao cassino e sua sorte vai aumentando enquanto o azar dos demais também, criando vários problemas na cidade. Foi engraçado Barry tentando deter a vilã mas escorregando e se algemando. O acelerador de partículas se liga novamente e depois de vários fios cortados, Harry deixa o acelerador ligar para que os poderes de Hazard sejam temporariamente desligados. Faltou um pouco de explicação quanto a isso, mas tudo bem.
A equipe descobriu durante o episódio que eles mesmos causaram os novos meta-humanos (pasmem), quando trouxeram Barry de volta da Força de Aceleração no primeiro episódio. Wally fica feliz pela descoberta mas fala exatamente o que sentimos nessa nova temporada: ele não está fazendo falta. Infelizmente. Além de ter sido deixado para trás em algumas situações, sua ausência nem é percebida e o velocista decide ir para outra cidade. Mais uma justificativa para outro ator do elenco se despedir.
Avaliação: com leve melhora em relação ao anterior, o episódio poderia ganhar uma nota melhor, mas não é suficiente para um 8. O episódio é um forte nota 7. A série ainda peca nas soluções imediatas e algumas situações sem explicação plausível. Soa sempre difícil no começo do episódio e depois incrivelmente fácil, mas novamente podemos dizer que isso não é totalmente ruim. Só precisa melhorar um pouco.
