Netflix lança plano mais barato, mas com propagandas

Netflix lança plano mais barato, mas com propagandas

A Netflix confirmou uma nova modalidade de plano em seu serviço de streaming, que será baseado em propagandas publicitárias. Em parceria com a Microsoft, a gigante do entretenimento confirma o novo tipo de serviço seis meses após ter confirmado que estava trabalhando neste possibilidade. No Brasil, esta nova modalidade será vencida como plano básico no valor de R$ 18,90.

O pacote será lançado no dia 3 de novembro. Além do Brasil, também será vendido na Alemanha, Austrália, Canadá, Coreia, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, México e Reino Unido.

O plano básico terá todo o conteúdo já disponível da plataforma, mas com anúncios. De acordo com Greg Peters, COO da Netflix, esse é o resultado do projeto que começou a ser desenvolvido com a Microsoft no início do ano. Em julho, a Netflix e a Microsoft anunciaram uma parceria para o projeto de anúncios no serviço de streaming, tendo como objetivo desenvolver um plano de assinatura baseado em propagandas. No comunicado, a empresa explicou que “os consumidores terão mais opções para acessar o conteúdo premiado da Netflix e que os profissionais de marketing que procuram a Microsoft para suas necessidades de publicidade terão acesso ao inventário premium de TV conectada.

Divulgados em abril, os resultados da Netflix marcaram uma nova fase não só do serviço, mas de toda a indústria do streaming. Pela primeira vez desde 2011, a plataforma perdeu assinantes, com uma queda contabilizada de 200 mil usuários. A empresa estima que o segundo semestre terá uma queda ainda maior. No acumulado do segundo trimestre, a empresa espera espera perder 2 milhões de seus 221,6 milhões de assinantes atuais.

Mesmo com as quedas no número de assinantes sendo uma preocupação, a gigante do streaming teve um crescimento em suas receitas. Embora tivesse uma expectativa de receita na casa dos US$ 7,93 bilhões, a empresa teve aumento de 10%, correspondendo a US$ 7,8 bilhões. Muito devido aos altos preços que a Netflix cobra de seus assinantes hoje em dia.

Reed Hastings, CEO da Netflix, justificou que esse lançamento ocorre baseado em um novo contexto de consumo de conteúdo:

A mudança no consumo de TV está acontecendo a uma velocidade cada vez maior, com o streaming agora superando a TV aberta e a cabo. Estamos confiantes que, com esses preços iniciamos uma nova fase que atende tanto o interesse dos consumidores quanto dos anunciantes, e estamos muito empolgados com o que vem por aí. Conforme nos aprimoramos e aprendemos com essa experiência, nossa ideia é implementá-la em mais países.

A Netflix também anunciou outros parceiros de métricas para sua publicidade: Nielsen, DoubleVerify e Integral Ad Science. Em coletiva de imprensa, a empresa garantiu que todos os dados serão utilizados apenas para o uso de experiência interna da plataforma visando melhor experiência. Questionado sobre a possibilidade de a inclusão de anúncios causar uma queda em número de assinantes, Greg destacou que o foco é oferecer a melhor experiência possível baseado naquilo que a Netflix já entrega como valor aos assinantes.

Mas o que aconteceu para a Netflix criar esse novo plano?

Além de claro, evitar a queda no número de assinantes e ainda assim lucrar com os valores da publicidade, a Netflix tenta combater o que especialistas estão chamando de “fadiga do streaming”, um fenômeno que tem criado instabilidade no modelo de negócios e já é comum nos EUA. Segundo pesquisa recente da Deloitte, a previsão é de que mais de 150 milhões de pessoas cancelem alguma assinatura de streaming em 2022. A taxa de rotatividade entre as diversas plataformas também está aumentando, girando em torno de 30%

Neste cenário, o CEO da Netflix, Reed Hastings, admitiu que a ideia de ter propagandas na plataforma nunca foi de seu interesse, mas que agora o usuário pode escolher:

Eu defendo a simplicidade do modelo de assinaturas, mesmo assim, sou ainda mais a favor de que o consumidor escolha e, por isso, permitir que eles tenham acesso a conteúdo de forma mais barata, pode sim ser um caminho.

Com informações da Forbes. Confira a matéria completa aqui.

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