O novo lançamento da DC Comics para os cinemas, chegou em território brasileiro (e de outros países) na última semana. O filme de James Wan, com Jason Momoa e Amber Heard no elenco conquista seu lugar no coração de muito fã de quadrinho e afunda com muitas críticas aos filmes da editora e ao próprio herói. Aquaman está sendo considerado um dos melhores filmes desde Batman – O Cavaleiro das Trevas e até melhor que Mulher Maravilha.
O Tio Du avalia agora como foi essa estreia do herói de Atlântida. Se você ainda vai assistir o filme, pode ficar tranquilo que só um ou outro fato vão ser colocados aqui, mas nada que estrague sua experiência. Pode prosseguir tranquilo.
Aquaman nos faz viajar numa aventura incrível em diversos territórios dos mares e até da superfície. Os mundos criados por James Wan e suas critaturas são de brilhar os olhos. A DC utiliza – e muito – os efeitos para construção da gigantesca Atlântida e de outros territórios marítimos. É legal notar que até algumas situações que poderiam ser confusas são explicadas e fazem sentido.
Assim, vemos então que a DC está se rendendo ao que crítica e público pediram anteriormente em filmes como Liga da Justiça e Esquadrão Suicida: Mesmo que tenha uma temática grandiosa, precisa ser um filme simples. E sendo simples não significa ser mal feito. As cidades e criaturas fantasiosas, os mitos e lendas dos mares, além dos vilões (sim, tem mais de um) são moldados em doses certas, seja no básico para algumas situações e motivações, ou na riqueza de detalhes do continente submerso de Atlântida.
Também é um deleite para os fãs de grandes sequências de lutas sincronizadas, com suas devidas explosões, saltos nos telhados, paredes quebradas e muitos socos e sopapos dados pelo brutamontes chamado Jason Momoa. O que vale ressaltar, que tem um ótimo carisma que acompanha seu lado badass. Já Mera, protagonizada por Amber Heard, está no elenco não só para ser interesse romântico do mocinho, mas também para mostrar que não está para brincadeira.
Aquaman brinda com cores, piadinhas padrão Marvel e suas referências aos quadrinhos e até ao filme anterior. Contudo, James Wan resolve apagar qualquer vestígio que Arthur esteve em Atlântida anteriormente, mesmo que Batman vs. Superman e Liga da Justiça tenham mostrado outro tipo de situação. Mesmo sendo uma alteração de roteiro, pode ser considerado mais como uma mudança necessária do que como um furo. A história é melhor contada dessa forma. Assim, Aquaman respeita sua origem, com ótima menção aos seus pais e sua própria história de nascimento, criação e o heroísmo, que sempre está ligado a ele.
Mais leve, cômico e contando o que veio para contar, Aquaman tem um ótimo tempo de tela, embora uma falha corriqueira da DC ainda ocorra ao que se refere ao desfecho mais rápido da batalha mocinho x vilão. Nada que seja um ponto que faça você perder a esperança nos filmes da editora. O filme também dá uma leve impressão de que a liberdade criativa de James Wan foi respeitada e a tesoura da Warner não parece que trabalhou. Mesmo que tenha trabalhado, o filme é bom o suficiente para que os fãs não precisem pedir uma versão estendida sem cortes.
Os vilões possuem motivações genuínas, também bem construídos, o que faz algumas partes lembrarem muito Pantera Negra, seja pelo fato de uma briga pelo reino de Atlântida ou pelos motivos intrínsecos do Arraia Negra. Cheguei a pensar que colocá-lo neste primeiro filme tenha sido um pouco precipitado, mas depois é possível analisar que o futuro do Rei dos Mares já está sendo trilhado e tem tudo para manter o bom nível.
Um alerta: O filme possui apenas uma cena pós-créditos. E a mesma passa logo após os créditos iniciais do filme. Ou seja, não precisa ficar assistindo todas aquelas letras sobre a equipe de design de segurança do 14º distrito indiano nem mesmo as música que, embora sejam poucas, foram colocadas nos momentos certos da película.
Na avaliação geral, o Tio Du avalia como nota 8, sendo um ótimo recomeço para a DC nos cinemas, mediante todas as críticas recebidas por imprensa e público anteriormente. A Warner decide escutar mais e o filme tende a bater alguns recordes, visto que já fez mais de US$ 260 milhões de bilheteria, sendo que ainda não estreou nos Estados Unidos. A preocupação apenas fica por conta de uma escolha errada de comandante da próxima aventura do Rei dos Mares, já que James Wan não está confirmado na sequência. Tal medo também pode ser visto numa possibilidade de retorno da tesoura da Warner. Como um fã e para o bem dos filmes da DC, espero que seja mantido dessa forma.