Brasileiro recebenrá filme biográfico, documentário e guia honorário.
A produtora paulista Estudio Escarlate deve anunciar o projeto “Chico Vive” durante a Expocine deste ano. A iniciativa inclui a produção de um documentário e uma cinebiografia sobre o líder ambientalista brasileiro Chico Mendes e o desenvolvimento de um manual com diretrizes para produções sustentáveis de cinema e TV, disse a CEO da Escarlate, Joana Henning.
Os longas, que serão dirigidos por Sergio Carvalho e Sergio Machado, serão as duas primeiras produções totalmente sustentáveis no Brasil. O documento deve estrear durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro de 2025, em Belém, cidade localizada na Floresta Amazônica.
A cinebiografia, que terá Jorge Paz como Mendes, será filmada em 2026 e lançada em 2027 no mercado interno e externo. O manual será elaborado com base nas experiências fotográficas dos dois filmes e deverá ser publicado em 2027, disse Henning.
Chico Mendes, assassinado por um fazendeiro em 1988, é um símbolo internacional da luta pela proteção da Floresta Amazônica. Como líder do sindicato dos seringueiros, ele organizou os chamados “empates”, uma ação de resistência pacifista em que os trabalhadores bloquearam o avanço das máquinas que entravam na floresta com seus corpos.
“Chico Mendes é o Mahatma Gandhi da Floresta Amazônica, um herói que passou os últimos anos de sua vida tentando conscientizar as pessoas sobre a importância de preservar a floresta”, disse Henning.
Na Expocine, a Escarlate assinará um acordo com a Embratur, agência do governo federal do Brasil para a promoção do país como destino turístico. A Embratur, que está montando uma comissão federal de cinema, contribuirá com os filmes ajudando Escarlate a encontrar locações, contratar pessoal local e filmar na Floresta Amazônica, segundo Henning.
Escarlate também assinou acordos para o projeto “Chico Vive” com os ministérios do Meio Ambiente e da Equidade Racial do Brasil. Rafael Dragaud é diretor artístico do projeto “Chico Vive”.
A Escarlate fez parceria no projeto com a Pachamama Investimentos, empresa local especializada em investimentos em ativos verdes visando preservar o meio ambiente e estimular práticas ESG. O astro de TV e cinema Bruno Gagliasso é um dos acionistas da Pachamama e atuará na cinebiografia. Ele e Jorge Paz também serão produtores associados.A Pachamama trabalha em parceria com a Greener Tokens, uma empresa suíça que utiliza a tecnologia blockchain para emitir tokens projetados para promover a sustentabilidade.
Pachamama irá inventariar as emissões de carbono dos dois filmes, desde o desenvolvimento do roteiro até a pós-produção, incluindo a geração de energia no set e o transporte terrestre e aéreo de equipamentos e equipe. A Escarlate comprará tokens da Greener para compensar as emissões, e a Greener direcionará o dinheiro para diversos projetos ambientais na Floresta Amazônica.
Pachamama e Escarlate aproveitarão o conhecimento acumulado nos processos de produção das fotos para escrever o manual com diretrizes para produções sustentáveis de filmes e conteúdos televisivos no Brasil, disse Gagliasso à Variety.
“O manual conterá requisitos e orientações práticas para práticas sustentáveis em produções cinematográficas e televisivas”, disse ele. “Será abordado eficiência energética, gestão de recursos hídricos e destinação de lixo, reciclagem, redução de emissões de carbono e orientações para contratação de moradores locais nas produções”.
“Acredito que o manual será uma contribuição importante para a indústria cinematográfica e televisiva local”, disse Gagliasso.
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