A série “Eco” da Marvel teve seu primeiro trailer divulgado nesta sexta-feira e estreia em 10 de janeiro, trazendo várias novidades para a Disney, sendo a primeira produção do Marvel Studios que estreará simultaneamente no Disney+ e no Hulu (nos Estados Unidos). Também será a primeira que terá todos os episódios disponíveis de uma só vez e a primeira que será classificada para maiores.
E o mais importante para a diretora e produtora executiva Sydney Freeland (“Reservation Dogs”), é que “Eco” será a primeira série de super-heróis centrada em uma personagem surda e nativa americana: Maya Lopez (Alaqua Cox), que fez sua estreia na série de 2021, “Gavião Arqueiro.”
“A representação foi extremamente importante para mim e para todos da equipe”, disse Freeland em um evento de imprensa da série em outubro, onde se juntou a ela o produtor executivo Brad Winderbaum (que também é chefe de streaming, televisão e animação da Marvel). Mas embora os cineastas tenham dito que o programa tinha representação indígena e surda na frente e atrás das câmeras, foram feitos mais esforços para garantir um alto nível de autenticidade durante a produção.
Freeland – que é Navajo e cresceu na reserva da tribo no Novo México – disse que “cresceu lendo histórias em quadrinhos da Marvel” e participando de powwows, uma celebração tradicional nativa que envolve dança, toque de bateria, canto e comunidade. “Powwows para mim foi como alguém em Anaheim indo para a Disneylândia.”
Mas para Freeland, essas duas constantes em sua vida nunca “se sobrepuseram”, algo que ela estava ansiosa para conectar ao longo do desenvolvimento e produção de “Eco”.
Primeiro, Freeland disse que ela e a equipe criativa – incluindo a redatora principal Marion Dayre e a co-produtora executiva Amy Rardin – reinventaram a Indigeneidade da personagem, tornando-a um membro da tribo Choctaw de Oklahoma. Nos quadrinhos, Maya é da tribo Blackfeet, mas Freeland disse que os visuais que acompanham equivaliam a uma “mistura” de imagens que criavam uma história de fundo “turva” e, em última análise, inautêntica para o personagem. (Cox, entretanto, é cidadã da nação Menominee e de ascendência moicana.)
A diretora também insistiu em se reunir com a Nação Choctaw para obter sua opinião e desenvolver uma parceria.
Eu tinha uma apresentação e apresentei o projeto a eles. Não vai ser sério, vai ser um pouco mais violento, mas sentimos que há uma grande história por trás disso.’
Freeland disse que embora ela considerasse muitas coisas certas, como a aparência dos powwows e como as pessoas se vestem, sua equipe abordou essas cenas com olhos não iniciados.
Freeland insistiu em trazer dançarinos de powwow reais para onde estavam filmando na Geórgia para “recriar uma paleta do zero”.
Essas imagens são parte integrante da série, que se aprofundará nos ancestrais matrilineares de Lopez, e também estrelará os atores indígenas Zahn McClarnon (“Dark Winds”), Graham Greene (“Dança com Lobos”, “Terra Selvagem”) Tantoo Cardinal (“Assassinos da Lua das Flores”), K. Devery Jacobs (“Reservation Dogs”), Chaske Spencer (“Wild Indian”) e Cody Lightning (“Hey, Viktor!”). Catriona McKenzie (“The Walking Dead”), que é aborígine australiana, atua como diretora da série.
A série se passa em grande parte após os eventos de “Gavião Arqueiro”, mas Freeland disse que também acompanhará como um “evento sísmico” na família de Lopez, e o trauma que se seguiu, leva a personagem conhecida como Echo em seu caminho em direção a Wilson Fisk (também conhecido como Rei do Crime, interpretado por Vincent D’Onofrio) e a vilania.
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